História do Pentatlo
   

Uma história comovia o barão de Coubertin, o pai das Olimpíadas. Era a seguinte: durante a guerra franco-prussiana, no século 19, um jovem oficial de Napoleão tinha de levar uma mensagem para além da linha de fogo. Montou, então, um cavalo qualquer e partiu por trilhas desconhecidas e hostis. Logo deparou um soldado inimigo, com a espada empunhada. Venceu o duelo. Porém, encoberto por uma moita, outro inimigo alvejou o seu cavalo. Incontinenti, o herói do barão sacou da pistola e o matou. Depois, fugiu a pé, atravessou um rio a nado e alcançou o destinatário. Missão cumprida.

O barão vivia encafifado com a história, pensando em inseri-la nos Jogos. E se os cinco grandes desafios encarados pelo jovem francês ­ equitação, esgrima, tiro, natação e corrida a pé ­, juntos, formassem um novo esporte? Quando o barão falou do pentatlo moderno aos organizadores dos Jogos de Estocolmo-12, ouviram-se hips e hurras. Idéia aprovada. Ainda mais que nos Jogos da Grécia Antiga tinha havido prova semelhante ­ na verdade, as modalidades disputadas (lançamento de disco e de dardo, saltos, corrida e lutas) assemelhavam-se mais ao heptatlo feminino e ao decatlo masculino atuais.

Com a supremacia da Suécia (do campeão de Londres-48 Willie Grut), e com exceção de Berlim-36 ­ já pensou se o alemão Gotthardt Handrick perdesse o ouro de superatleta nas barbas de Hitler? ­, os nórdicos dominaram o esporte até os anos 60, quando os comunistas lhes tomaram o lugar. Primeiro, os húngaros ­ entre os quais Ferenc Nemeth, ouro, e Imre Nagy, prata, em Roma-60. Depois, poloneses e soviéticos. Hoje, a briga fica entre casaques, russos e húngaros. No Brasil, o pentatlo é coisa de caserna. E nossa maior conquista é a do capitão Wenceslau Malta, ouro no Pan-Americano de Chicago-59. Na Austrália, as mulheres entram na guerra.

 

Fonte: MICRO OFFICER SERVIÇOS

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