História do Salto Ornamental
   

Apenas entrar na água não tinha graça. Era preciso divertimento, emoção. Cair nela com estardalhaço. Jogar-se, saltar, mergulhar, ir fundo. Daí que pedras, penhascos e barrancos servissem de plataformas e as galhadas nas margens de rios se tornassem as precursoras do trampolim. Supõe-se, por indícios arqueológicos, que a brincadeira virou competição antes dos Jogos antigos, mas o padrão de disputa atual começou a germinar em 1880, na Grã-Bretanha, com provas em lagos precários e entre bandos de patos. Quando caíam, nem sempre os saltadores conheciam a profundidade e, às vezes, o mergulho trazia o lixo à superfície ou manchava a água de sangue. Os saltos ornamentais nutrem laços com a natação, na origem, e com a ginástica, nas táticas e fundamentos. Nos primeiros verões do século 19, ginastas suecos e alemães apresentavam seus saltos e acrobacias na água rasa do mar. Na praia, platéias apreciavam a "ginástica ornamental". Hoje, a elegância refinada e o charme que conferem aos Jogos suplantaram sua modesta estréia em Saint Louis-1904, com plataforma e mergulho em distância ­ após um salto de 10m de altura, vencia aquele que percorresse o maior trajeto debaixo da água em um minuto ­, modalidade substituída pelo trampolim em Londres-1908. Em Estocolmo-12, as mulheres se atiraram na disputa. Nos anos 20, os praticantes descobriram os giros, a flexibilidade e a criatividade até onde a coragem lhes permitisse. Nessa década, os EUA assumiram a liderança mundial do esporte. Nova dinastia, a chinesa, surgiria só na década de 80. No Brasil, as primeiras piscinas de saltos ornamentais são do começo do século, mas o País não tem tradição internacional no esporte.

 

Fonte: MICRO OFFICER SERVIÇOS

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